Uma brincadeira entre alguns jovens torcedores do Fluminense ganhou repercussão internacional, de forma negativa, após uma nota oficial do clube "desautorizar" seus jogadores e dizer que não concordava com a manifestação do torcida.
Isso aconteceu porque a hashtag #talibãtricolor entrou nos TTs (assuntos mais falados) do Rio de Janeiro e durante o final de semana também do Brasil, inclusive com a participação de alguns jogadores do elenco profissional do Fluminense, como Thiago Neves e Fred, postarem fotos cobrindo o rosto e utilizando o termo criado na manifestação da torcida.
O que era uma brincadeira, onde tinham a intenção de reclamar dos erros de arbitragem na Libertadores, gerou inúmeras críticas e repercutiu de forma muito negativa. Jamais tiveram a intenção de vincular a brincadeira, repito, brincadeira, com qualquer ato terrorista ou ação violenta, como publicaram alguns jornais fora do Brasil.
Toda essa confusão de informações e mal entendidos, me fez pensar em como as redes sociais, principalmente o twitter, vem alterando alguns comportamentos. Quando comecei a usar o twitter, a ferramenta funcionava como uma espécie de diário virtual das pessoas, se ia na rua fazer compras twitava isso, se ia tomar banho também, pra qualquer coisa que fossem fazer tinha um tweet para mostrar "ao mundo". Isso evoluiu e melhorou muito, apesar de ainda existirem alguns que fazem essas coisas, hoje as grandes marcas utilizam como uma forma de atendimento ao cliente, de acompanharem o que estão falando deles e de seus concorrentes, o marketing rola solto no Twitter e todos estão ganhando.
Mas tem outras funcionalidades que o Twitter tem apresentado, por exemplo, as transmissões de TV não são mais as mesmas, narramos e comentamos sobre qualquer coisa com muita propriedade, as notícias saem primeiro no Twitter para depois ganharem edições e se espalharem pela rede, jornalistas e leitores interagem durante todo o dia nesse ambiente, pessoas que nunca se viram conversam como grandes amigos e por aí vai. Eu adoro o Twitter por isso, leio quem quero, sobre o que quero e quando quero, sem enrolação sempre direto ao ponto, de forma descontraída e séria mesmo tempo.
Pra mim é mais ou menos como se estivesse num bar, com alguns amigos conversando e chega um, chega outro, todos falando sobre o mesmo assunto, interagindo uns com os outros, e quando o dono do bar pede pra sair pois está na hora de fechar, o assunto acaba e só volta quando o bar reabrir. Todos entendem o que é uma brincadeira, uma zoação, o que é sério e por aí vai.
Agora, se teremos que medir cada palavra que usamos pois pessoas que estão de fora e sequer tentaram entender o que estávamos conversando, resolvem tirar suas próprias conclusões e nos classificar de algo que nunca tivemos pretensão de ser, me desculpem, mas peço que os incomodados se retirem do "nosso boteco" porque queremos conversar à vontade.
PS:
Sobre o #talibãtricolor, escolheram mal a palavra realmente, mas bastaria uma pouquinho de compreensão para entender que era uma expressão conotativa onde a intenção era protestar apenas.
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